quarta-feira, 5 de maio de 2010

Tudo de lata oxida...


E lá estava.
Em cima do armário.
O meu homem de lata.
Tão cheio de ferrugem.
E seco de sentidos.

Ele mal sabia existir.
Ele mal sabia que existia.
Via alto no seu ângulo limitado.
Tudo o que não podia ser.                                                                                                                               
E quase sem querer.
Sentia.
Um coração.
Sem sentido.

Posicionado meio torto.
Meio triste.

Oxidando-se num tempo.
Em que abridores de lata eram.

Abridores de lata.

2 comentários:

  1. Me lembrou um clip de uma banda q curto muito tamy!!

    Acho q tu vai curtir tbem:

    http://www.youtube.com/watch?v=DKjgDKiJcW4&feature=fvst

    ; ) e... ótimo escrito esse.

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respirações