sexta-feira, 30 de abril de 2010

Crescer...


Quando se quer
E quer ser.

Se cresce
Sem querer ser
Tão grande!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

E só por...



É minha
Só por ter na mente
Sempre
Eternamente.

Por alguns segundos
Dilatados
De lata
Tão oxidante.

Que passam
E eu em percebo.

Objeto sem cor...


Amor
Objeto sem cor
Arma branca
Cortante
Penetrante
De meter medo
De introduzir dedos
E língua - sem respirar direito.
E fazer (do) amor
O tal objeto sem cor
Colorido.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ser dedos!


Toda a forma que a fôrma tem de ser dedos, se unifica ao desejo de ser outro. Trepidante. No timbre exaustivo de uma só nota. Que só no eco, enxerga o que tanto que se quer.

O som aquoso suspira delirante, na matéria bruta. É quando atua o processo de sucção do próprio líquido – o que sobra na boca. Engole e envolve-se em si sem saber que é só um. Porque se faz tudo de olhos fechados. Sem ao menos contar com a possibilidade de ser pego com a mão na massa. Na massa de ar talvez. Porque é só o que tem no momento.


Pensamento...


Penso que pensamento se gasta.
Por isso não penso.
Não altero a lembrança.

Penso que pensamento que gasta
É desculpa para quem não pensa.
E só altera a lembrança.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Ato - A


Quando ela atua
Ela brinca de falar
Sério
E fala sério.
E me diz
Que sabe
Tudo
De mim.
Mas nem sabe
Que eu deixo
Ela pensar
Mais do que
Saber.

Ditador


Dito a dor
Eu me calo
Deixo-a falar
E sinto com ardor
Toda a dor que eu puder sentir
Sem o menor pudor
Pois nem por dor
Eu deixo de ouvir
O meu próprio silêncio
Soluçante - às vezes
Poético e insurdecedor.

domingo, 4 de abril de 2010

Conheço sem conhecer...


Quando se conhece
Sem conhecer.
O que se pensa
Que se é

Acaba sempre sendo
O que se pensa
E nunca o
Que se é.